MORRE O POETA MANOEL DE BARROS (1916–2014)



Sabiá de setembro tem orvalho na voz.
De manhã ele recita o sol. (“Caderno de Apontamentos IV”)

O poeta Manoel de Barros, 98 anos, faleceu na manhã de 13 de novembro em Campo Grande/MS, por falência múltipla de órgãos, após duas semanas de internação hospitalar.
Nascido em Cuiabá e radicado com a esposa em Corumbá, na região do Pantanal, Barros foi também advogado e fazendeiro.
Desde a sua estreia literária “Poemas Concebidos Sem Pecado” ( 1937), foram 28 títulos publicados em mais de 70 anos de carreira, três delas traduzidas no Exterior. Seu trabalho mais conhecido é “Livro sobre Nada” (1996) e o mais recente foi “Portas de Pedro Viana” (2013). Ao todo, são 13 prêmios, incluindo os tradicionais Jabuti, APCA, Nestlé e ABL.
O acervo da Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães conta com duas obras do poeta vinculado ao Modernismo. A edição bilíngue português-inglês “Para Encontrar o Azul Eu Uso Pássaros” (2008) combina poemas de Barros com e fotografias sobre a vida no Pantanal. Já “Concerto a Céu Aberto Para Solos de Ave” (2011) ressalta o olhar sensível do autor, inspirado no caderno de apontamentos do avô.

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