Chute na estante: Fabrício Carpinejar
Nesta última segunda-feira do mês de Maio, imerso no outono de Porto Alegre, resolvemos subir até a Biblioteca Municipal Josué Guimarães e chutar alguma estante pra ver que livro caía! Pois caiu um conhecido autor gaúcho, abraçado em seu primeiro livro. Falamos do jornalista, poeta e cronista Fabrício Carpinejar e de seu primeiro livro (de poesia) As Solas do Sol (BERTRAND BRASIL, 1998).
Lançado no de 1998, As Solas do Sol iniciou o escritor Fabrício Carpinejar em sua carreira literária, que a partir deste momento decidira assinar seu nome artístico como "Carpinejar", junção de Carpi (sobrenome da mãe) com Nejar (sobrenome do pai). O livro, recebido com elogiadas críticas, colocou, desde o começo, o estreante escritor em um panorama singular e significativo da literatura brasileira, ou da poesia brasileira. Livro marcado pelo trabalho do verso, como diz Antonio Carlos Seccin "...vincula, antes, aos artesãos do verso - com traços, porém, que desde logo o individualizam", também radicaliza a metáfora de uma maneira muito particular, que ao final nos abre ao risco, à aventura, ao desconforto e à palavra.
Sem mais análises e elogios, vamos aos poemas. Vai abaixo alguns:
1.
A vereda roça o silêncio
no contrabando das lebres,
estreita varanda,
as vértebras dobradas com pesar
na passagem da viação.
4.
A roldana palitava
a boca da cisterna
e o pescoço da luz vestia
o poncho do vento.
3.
A cintilação do abajur
mordia com fastio
a carne.
Tirava uma lasca
de sombra
e cuspia de volta.
Fabrício Carpinejar nasceu na cidade de Caxias do Sul - RS, em 1972. Jornalista formado pela UFRGS, é também mestre em literatura pela mesma universidade. Poeta e cronista, venceu três vezes o Prêmio Açorianos de Literatura e uma vez o Prêmio Jabuti (2009).
Chute a estante você também:
O livro As Solas do Sol está disponível na Biblioteca Municipal Josué Guimarães
Primeiro livro de Fabrício Carpinejar |
Lançado no de 1998, As Solas do Sol iniciou o escritor Fabrício Carpinejar em sua carreira literária, que a partir deste momento decidira assinar seu nome artístico como "Carpinejar", junção de Carpi (sobrenome da mãe) com Nejar (sobrenome do pai). O livro, recebido com elogiadas críticas, colocou, desde o começo, o estreante escritor em um panorama singular e significativo da literatura brasileira, ou da poesia brasileira. Livro marcado pelo trabalho do verso, como diz Antonio Carlos Seccin "...vincula, antes, aos artesãos do verso - com traços, porém, que desde logo o individualizam", também radicaliza a metáfora de uma maneira muito particular, que ao final nos abre ao risco, à aventura, ao desconforto e à palavra.
Sem mais análises e elogios, vamos aos poemas. Vai abaixo alguns:
1.
A vereda roça o silêncio
no contrabando das lebres,
estreita varanda,
as vértebras dobradas com pesar
na passagem da viação.
4.
A roldana palitava
a boca da cisterna
e o pescoço da luz vestia
o poncho do vento.
3.
A cintilação do abajur
mordia com fastio
a carne.
Tirava uma lasca
de sombra
e cuspia de volta.
Fabrício Carpinejar nasceu na cidade de Caxias do Sul - RS, em 1972. Jornalista formado pela UFRGS, é também mestre em literatura pela mesma universidade. Poeta e cronista, venceu três vezes o Prêmio Açorianos de Literatura e uma vez o Prêmio Jabuti (2009).
Chute a estante você também:
O livro As Solas do Sol está disponível na Biblioteca Municipal Josué Guimarães
Fabrício Carpinejar
Bertrand Brasil, 1998
Bertrand Brasil, 1998
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