Índio e literatura
" A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertuda alguma. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto (...)" Pero Vaz de Caminha
A primeira missa no Brasil - Victor Meirelles (1861) |
Hoje é Dia do Índio (19 de abril) e a CLL preparou essa pequena homenagem:
O dia nacional do Índio foi instituído políticamente pelo presidente Getúlio Vargas no ano de 1943, em homenagem à data em que várias lideranças indígenas do continente participaram do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, no México.
O dia nacional do Índio foi instituído políticamente pelo presidente Getúlio Vargas no ano de 1943, em homenagem à data em que várias lideranças indígenas do continente participaram do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, no México.
Diversos autores da literatura brasileria tentaram resgastar o Índio, sua cultura e história, sobretudo José de Alencar e Gonçalves
Dias.
O Guarani, livro de José de Alencar, possui caráter indianista, com forte valorização da figura indígena. Através da história de amor entre Peri (índio) e Ceci contempla também o tema da miscigenação e identidade nacional.
"Álvaro fitou no índio um olhar admirado. Onde é que este selvagem sem cultura aprendera a poesia simples, mas graciosa; onde bebera a delicadeza de sensibilidade que dificilmente se encontra num coração gasto pelo atrito da sociedade? A cena que se desenrolava a seus olhos respondeu-lhe; a natureza brasileira, tão rica e brilhante, era a imagem que produzia aquele espírito virgem, como o espelho das águas reflete o azul do céu." Trecho de O Guarani, de José de Alencar.
I Juca Pirama, poema que faz parte obra Últimos cantos, escrito por Gonçalves Dias. O poema possibilita uma visão mais intimista do povo indígena, costumes e ambiente. Neste é narrada a história de um corajoso guerreiro tupi que foi aprisionado pelos índios timbiras e a honra que o conflito envolvia.
O Guarani, livro de José de Alencar, possui caráter indianista, com forte valorização da figura indígena. Através da história de amor entre Peri (índio) e Ceci contempla também o tema da miscigenação e identidade nacional.
"Álvaro fitou no índio um olhar admirado. Onde é que este selvagem sem cultura aprendera a poesia simples, mas graciosa; onde bebera a delicadeza de sensibilidade que dificilmente se encontra num coração gasto pelo atrito da sociedade? A cena que se desenrolava a seus olhos respondeu-lhe; a natureza brasileira, tão rica e brilhante, era a imagem que produzia aquele espírito virgem, como o espelho das águas reflete o azul do céu." Trecho de O Guarani, de José de Alencar.
I Juca Pirama, poema que faz parte obra Últimos cantos, escrito por Gonçalves Dias. O poema possibilita uma visão mais intimista do povo indígena, costumes e ambiente. Neste é narrada a história de um corajoso guerreiro tupi que foi aprisionado pelos índios timbiras e a honra que o conflito envolvia.
Meu canto de morte,
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
Trecho de I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias.
Tanto O Guarani, de José de Alencar, como I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias, estão disponíveis para a retirada na Biblioteca Municipal Josué Guimarães (Avenida Erico Verissimo, 307 - Menino Deus, Porto Alegre).
De Segunda à Sexta-Feira, das 09:00 às 17:00 horas.
Sábado, das 14:00 às 18:00 horas.
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