Nei Duclós, poeta em todo espaço

Seja rede social, e-book ou impresso. Não importa. Nei Duclós segue firme na poesia. O autor de Outubro (1975), entre outros livros, incluindo cinco digitais, publica diariamente trechos de poesias em redes sociais, como o Facebook. Para ele, a internet é o fim da gaveta. "Tudo o que escrevo ponho no ar. É o sonho de toda uma vida."
Nei explica, ainda, que nas redes sociais o autor não é impedido de publicar. Basta discernir com o olhar crítico o que deve ou não ser compartilhado. "O que publico na internet rompe o cerco que se faz ao autor. Há inúmeros bloqueios. Não te incluem em quase nada (ou demoram muito) e raramente te publicam. Pois nas redes sociais estamos na frente do público o tempo todo."
E estar na
frente do público às vezes ajuda a aperfeiçoar o trabalho que vem sendo feito. "Meu
olho clínico é treinado. Mas recebo algumas contribuições de leitores e
colegas, que me ajudam na seleção. O que publico na internet, na maioria é
definitivo, não é rascunho, pois sou muito criterioso com meu trabalho. Mas
alguns versos ou poemas são passiveis de melhoramentos. São raros, mas existem."
Sobre o
livro digital, Nei afirma que seu público reagiu bem, mas tem planos de voltar
ao impresso. "Vou lançar um livro só com versos esparsos românticos numa
editora da minha cidade, a Proa, de Uruguaiana. E continuarei lançando meus e-books.
Desta vez será mais um lançamento com poesias românticas, seguindo o caminho
que inaugurei em 2012 com Arraso – Poemas de Amor, e mais um livro na linhagem
de Outubro e Partimos de Manhã."
Conforme nos conta o poeta, nenhuma mídia se
sobrepõe e nenhuma delas desaparecerá. O meio digital, sobretudo, tende a
crescer, mas não tomará o espaço ocupado pelo livro impresso. Haverá uma
coexistência. "Tudo se soma. Cinema não acabou com o teatro nem com a
fotografia, a foto não derrubou a pintura, a TV não matou o cinema e assim por
diante. Há espaço para tudo. O impresso é uma tecnologia maravilhosa, não vai
desaparecer."
Aos
leitores do blog, Nei indica algumas boas atrações para se ocupar no verão:
"Memórias do Cárcere, do Graciliano Ramos. Não é bem
uma leitura de verão, mas ler os mestres, esse é o ponto. Poesia: ler Mariana
Ianelli, grande poeta. Filme: Lincoln, excelente. Didático e brilhante."
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