Cinco monstros para não esquecer

Monstros "existem" há muito tempo. Tem-se notícia deles desde que histórias passaram a ser contadas. E antes de aparecerem em suas versões cinematográficas, surgiam pela literatura. Antes mesmo da literatura, eram atrações de feiras e seus espetáculos populares de terror.

Assustadores ou não, os monstros sempre serão venerados. Alguns são tão populares que suas histórias ultrapassam gerações, linguagens e formas de narração dos mitos. Por isso, resolvemos criar essa pequena listinha dos monstros que os leitores (e/ou cinéfilos) jamais poderão esquecer.

Comecemos pela categoria mais pop: a dos imortais chupadores de sangue. Ao falar de vampiros, qual é o primeiro a ser lembrado? O Conde Drácula, obviamente. Inspirado na obra literária de Bram Stoker, Drácula possui várias aparições no cinema. Há rumores de que esteja presente em mais de 200 filmes (bem, com a idade que ele tem, não se poderia esperar menos do que isso). A última versão cinematográfica (por enquanto) é a de Francis Ford Coppola, chamada Drácula de Bram Stoker.

Gary Oldman em Drácula de Bram Stoker (1992)
Alguns personagens tidos como "monstros" na ficção eram na verdade homens que sofriam preconceito por serem dotados de alguma aberração física ou alguma doença psicológica. Ao falar nisso, não podemos deixar de lembrar de Quasimodo, mais conhecido como Corcunda de Notre Dame, personagem que teve origem na obra Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo, mas que se popularizou no cinema, cuja versão mais famosa é o longa-metragem de animação dos estúdios Disney lançado em 1996.

Quasimodo - Francois Flameng (1885)
Quasimodo - O Corcunda de Notre Dame (Disney, 1996)
Outro personagem que foi representado tanto na literatura quanto no cinema (mas que ainda é bem pouco conhecido) é o Golem, do livro de mesmo nome de Gustav Meyrink. O personagem (que ganha vida através de processos mágicos) é um ser inspirado em textos hebraicos antigos que faziam referências à Cabala e ao misticismo judaico. 

"A aparência do Golem", página 6 do livro
No Brasil, O Golem foi, inclusive, representado em uma quadrinização pelo professor Márcio Salerno (mais detalhes aqui).

Fanzine “Clássicos Canibal” sobre o Golem, editada a partir da ilustração de Márcio Salern
Ah, e não podemos esquecer daqueles que mais se parecem conosco: os humanoides. Frankenstein, o monstro construído em laboratório, é o melhor exemplo para o gênero. Criado pela escritora britânica Mary Shelley entre 1816 e 1817, durante um desafio proposto por ninguém menos que o poeta Lord Byron, o romance que leva o nome do personagem também foi adaptado para o cinema diversas vezes, sendo popularizado pelos estúdios da Universal Pictures

Frankenstein, de Mary Shelley
Boris Karloff em Frankeinstein (1931)
E já que abrimos a lista com um vampiro, vamos fechá-la com outro: Edward Cullen, quem não conhece? Criado por Stephenie Meyer, ele é um dos personagens mais importantes da série de livros intitulada Twilight (Saga Crepúsculo), que também ganhou versão para a sétima arte.

Robert Pattinson em Eclipse - Saga Crepúsculo (2010)
Edward, o mais "novinho" monstro popular de todos os listados, representa, aqui, a bondade da "classe". Então, será que, mesmo sendo um vampiro, ele pode ser considerado um monstro (atualmente)?. Bateu essa dúvida agora: o que define, afinal, um monstro nos dias de hoje?

Bem, se o leitor também ficou curioso, essa e outras questões serão discutidas no curso Atualidade dos monstros na tradição ocidental, ministrado pelo psicanalista Mário Corso, que acontecerá nos dias 10, 17 e 24 de outubro, na Sala Álvaro Moreyra, das 18h30min às 20h.

INSCRIÇÕES:
Das 9 às 12h e das 14h às 18h, aqui na Coordenação do Livro e Literatura (Av. Erico Verissimo, 307 – subsolo da Biblioteca)
- R$ 20,00 (público geral).
- R$ 10,00 (professores, estudantes, funcionários da PMPA e maiores de 60 anos).

INFORMAÇÕES:
(51) 3289 8072
cll@smc.prefpoa.com.br

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