Na ponta da fila
Durante as quase três horas de lançamento do livro Na Ponta da Agulha, do nosso DJ porto-alegrense (e agora escritor de sucesso) Claudinho Pereira, recolhemos alguns depoimentos de quem estava lá para levar um exemplar autografado. Amigos, jornalistas, frequentadores do Encouraçado Butikin e de outras casas noturnas das várias épocas de Porto Alegre, discotequeiros, leitores e também escritores falaram um pouco da época dourada dos bolachões e das tranças agora grisalhas do autor DJ. Se liga aí:
"Eu achei uma ideia fantástica da Editora da Cidade ter convidado o Claudinho pra iniciar essa série de depoimentos - porque esse aqui deve ser o primeiro de uma série, não? O Claudinho não cabe num livro só. Ele não apenas sabe de muitas histórias super interessantes como é um cara que sabe contar essas histórias. E tem um humor próprio dele em contar que cativa. Eu tenho certeza que no livro ele passou tudo isso, tanto as histórias quanto a maneira de contar. O Claudinho é um mestre. É o próprio acervo cultural da cidade."
Eurico Salis
Fotógrafo
"É um depoimento necessário, sobre uma época toda que o Claudinho atravessou com o seu trabalho profissional. Eu frequentava esses locais como participante dos acontecimentos, principalmente o Encouraçado Butikin, em que eu era um cliente quase permanente. E eu adorava aquela época e as pessoas que lá conheci e procuro acompanhar até hoje. Por isso fiz questão de vir aqui na praça, dar um abraço no Claudinho.
"Era uma época muito rica de Porto Alegre, em que a atividade cultural nos locais de lazer era muito grande - tanto que, praticamente todos os dias, havia shows com artistas daqui ou de fora. Isso sem falar na garantia da qualidade musical, com pessoas que que entendiam do assunto, como o Claudinho."
"Era uma época muito rica de Porto Alegre, em que a atividade cultural nos locais de lazer era muito grande - tanto que, praticamente todos os dias, havia shows com artistas daqui ou de fora. Isso sem falar na garantia da qualidade musical, com pessoas que que entendiam do assunto, como o Claudinho."
Walter Galvani
Escritor
"Esse livro aqui conta uma história de várias histórias que ficaram voando por aí na memória de quem viveu. Eu não peguei isso aqui. Peguei depois: Esquina Maldita, Ocidente e tudo mais... Mas eu sei que teve uma Porto Alegre nesse período que foi muito moderna, muito contemporânea, e o Claudinho é a trilha sonora dessa história."
Mary Mezzari
Jornalista
"A grande perda nesse momento é o Tatata não estar aqui conosco, porque, junto com o Claudinho - que é um ícone dos anos 70 de Porto Alegre -, o Tatata também foi parte da vida noturna. Eu tenho 56 anos, trabalhei anos em grandes casas noturnas em Porto Alegre e peguei um pouco ainda do fim daquele brilho que o Claudinho lembra no livro. E essa é uma história muito bonita. O livro é importante na medida em que é um documento não apenas iconográfico, mas um texto para consulta. Ele é a memória viva."
Luiz Jacintho Pilla
Relações Públicas
"Acho que a importância do livro do Claudinho é a de ser a compilação fundamental de coisas que aconteceram na cidade. No caso específico
do Encouraçado Butikin, evidentemente que extrapolou a cidade, porque era uma
boate cujo ingresso era disputado. Tivemos ali,
por exemplo, várias vezes, a Maria Bethânia, e outros músicos de grande
importância, como o Toquinho, o poeta, Vinicius de Moraes, e Maysa..."
Milton Mattos
Arquiteto responsável pelo projeto do Encouraçado Butikin
"O Claudinho é um monumento. Ele podia tá em bronze aqui na praça. Mas,
por enquanto, é o primeiro livro, né, espero que ele faça outros,
porque ele tem muito pra contar. O Claudinho é uma testemunha
privilegiada de tudo que aconteceu nessa cidade nos últimos anos. Tá por
dentro de tudo, é um cara espetacular, e é um prazer estar nessa fila esperando um autógrafo dele."
Ricardo "Kadão" Chaves
Fotógrafo
Fernando Albrecht conversa com os colegas jornalistas Ruy Carlos Ostermann e Juarez Fonseca. |
"Ontem o Claudinho me deu o livro e comecei a ler em casa. Embora a gente tenha conversado muito durante os meses todos em que ele escreveu o livro, o resultado foi admirável. Porque tem casos que ele narra aqui que já tinha me esquecido, mesmo frequentando os lugares dos quais ele fala. São casos e personagens que já não lembrava - sem falar que eu descobri novidades que, eventualmente, naquele ano e depois daquela época, eu me perguntava "poxa, o que que houve? O que realmente aconteceu? Lendo o livro do Claudinho agora eu sei o que foi que aconteceu."
Fernando Albrecht
Jornalista
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