A outra manchete do 11 de setembro
No calendário da cultura ocidental, o 11 de setembro se transformou em sinônimo de tragédia, terrorismo e conflitos mundiais. É só ligar a televisão para reviver o caos do dia fatídico em 2001, que gera, principalmente nos Estados Unidos, muitas homenagens às vítimas do atentado.
Apesar das repercussões do nine eleven pelo mundo, em solo brasileiro, ainda que pouco recordado, o 11 de setembro também foi, em 1941, o dia de nascimento de uma das figuras mais rebeldes e indomáveis da imprensa brasileira: o jornalista passo-fundense Tarso de Castro.
Juntamente com Sérgio Cabral e o ilustrador Jaguar, Tarso fundou, em 1968, o jornal O Pasquim, periódico que se tornaria símbolo de resistência à censura da ditadura militar, valendo-se de seu humor escrachado e das colaborações de diversos intelectuais da época, como Ruy Castro e Chico Buarque, para continuar vendendo nas bancas.
Tarso levava a vida de modo extremo: era uma espécie de versão tupiniquim do aclamado "criador do jornalismo gonzo", o norte-americano Hunter Thompson. Ficou conhecido pelo seu alcoolismo descontrolado, suas matérias debochadas e seus casos amorosos (foi namorado da atriz americana Candice Bergen e se gabava de todas as famosas com as quais havia se relacionado). A vida do gaúcho é fonte de muitas histórias curiosas, em geral devido à sua natureza destemida, fonte de diversos conflitos em tempos de AI-5.
Tarso e Candice Bergen |
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