A ficção científica na literatura brasileira clássica

Ray Bradbury, autor de Fahrenheit 451
Faleceu na manhã de hoje o escritor norte-americano de ficção científica Ray Bradbury. Autor de As crônicas marcianas, Os frutos dourados do sol e Fahrenheit 451 (considerado sua obra prima), Bradbury teve diversas obras adaptadas para o cinema e televisão, incluindo o filme A ameaça que veio do espaço, de 1953. 

Como homenagem à literatura de Bradbury, resolvemos resgatar um pouco da ficção científica produzida no Brasil. Esse gênero literário foi pouco explorado nacionalmente, embora haja um esforço atual para fortalecer a produção deste estilo, parte da literatura fantástica (a recente primeira edição da Odisseia de Literatura Fantástica é exemplo dessa iniciativa). Ainda assim, dois dos maiores escritores da literatura brasileiras já publicaram narrativas de ficção científica:




 

Machado de Assis publicou, em 1882, o conto O imortal, cujo tema principal é uma poção indígena que dá imortalidade a quem a bebe. Machado aborda, no texto, o tédio de quem não pode morrer, assunto recorrente em literatura fantástica quando o conceito de imortalidade é utilizado.






Único romance de Monteiro Lobato, O presidente negro (ou O choque de raças: romance americano de 2228) é pura ficção científica, ainda que o enredo seja visto como contaminado de ideias racistas e machistas do escritor: Ayrton, o protagonista, descobre a invenção do professor Benson, o porviroscópio, que permite ver o futuro. Com a utilização do mecanismo, acompanha as eleições norte-americanas do ano de 2228, no qual seria eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. 





Todos os livros citados estão disponíveis na Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães.

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