Sala de Leitura
Foi em redações de revistas como essas que Paula conviveu com o escritor Caio Fernando Abreu. Além de amiga, Paula Dip foi musa do escritor — que lhe dedicou inúmeras cartas, peças literárias e contos. A partir dessa correspondência com Caio, Paula estruturou Para sempre teu, Caio F. — Cartas, Conversas, Memórias de Caio Fernando Abreu (Record, 504 páginas, R$ 64,90). Hoje vive em São Paulo, onde dedica-se à literatura e à pintura.
CLL – O que está lendo?
Paula Dip – Estou relendo o Ulysses, de James Joyce. Adoro o monólogo final da Molly Bloom, mas sempre deixei algumas partes do livro mal lidas, porque Joyce tem fama de ser denso, dificil. Trata-se de um romance que se passa em Dublin num só dia, o dia 16 de Junho, que passou a ser chamado de Bloomsday. Estou adorando e encontrando coisas novas e ótimas no livro. Recomendo. É um livro que exige muito da gente, e isso é bom.
CLL – O que está escrevendo?
Paula Dip – Escrevo várias coisas ao mesmo tempo. O que me empolga nesse momento é um livro sobre o Caio Fernando Abreu e a Hilda Hilst. Tenho uma correspondencia inédita deles, e quero desenvolver a relação afetiva e literária de ambos a partir dessas cartas. É uma espécie de suite do livro que lancei há dois anos, Para Sempre teu Caio F.
CLL – E o que recomenda como leitura?
Paula Dip – Sugiro que leiam Onde Andará Dulce Veiga, de Caio F., sempre. E Ulysses, por que não?
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