Mestres na biblioteca

A conversa com os mestres Cláudio Moreno e Luís Augusto Fischer começou descontraída e animada na Biblioteca Municipal Josué Guimarães com os dois lembrando o que os levou a dar aulas. A mãe de Moreno era professora, e ele tinha uma grande admiração e fascinação pelo trabalho desenvolvido por ela. Além disso, grandes professores que passaram por sua vida influenciaram sua escolha. Moreno contou que olhava da sala de aula do Colégio Aplicação o curso de Letras da UFRGS e se imaginava fazendo parte daquele grupo.


Fischer contou que também seguiu a profissão de seu pai, mas que suas experiências no colégio não o convenceram de que seguir pela licenciatura seria promissor. Tal pensamento o fez optar, primeiramente, pelo curso de Geologia na UFRGS, mas logo percebeu que entre minerais e literatura, seu coração pendia para a segunda opção. Não demorou para que ele sentisse a vontade de compartilhar o seu conhecimento com os outros.


Os dois comentaram como foram suas primeiras experiências como professores e quais foram os principais problemas que encontraram na sala de aula. Fischer falou sobre a dificuldade de adaptar a metodologia de ensino de literatura que se recebe na universidade ao ensino prático da literatura para o ensino médio. "Descobri como me tornar professor sendo professor", explicou. Já Moreno contou que na primeira aula como professor estava tão nervoso que trocou todas as regras de acentuação, e, para cativar os alunos, apresentou a história da Odisséia, conseguindo dessa forma conquistá-los.


No fim do encontro, a plateia teve a oportunidade fazer perguntas. Dentre elas, uma das mais discutidas foi a de como a Internet poderia ajudar as pessoas a escrever melhor, e se ela um dia substituiria os livros. Moreno acredita que ela já ajuda as pessoas a escrever mais, pois agora escreve-se, em média,15 cartas por dia, só que cartas eletrônicas. E completa : a internet é o princípal meio de comunicação moderno. Seguindo a fala do Moreno, Fischer concluiu "Toda grande invenção tecnológica implicou em mudanças na literatura".


Como é de costume no + que Prosa, Moreno leu Fischer e Fischer leu Moreno.












E assim que terminou a noite que os mestre contaram para os 40 presentes e aos seguidores da CLL no twitter como se "tornaram mestres"!

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