Dia nacional do livro infantil
No Brasil, desde 2002, o dia 18 de abril celebra a literatura feita para os “pequenos”. A data escolhida homenageia o aniversário daquele que foi o principal representante da literatura infantil e infanto-juvenil no país, o escritor Monteiro Lobato (1882 – 1948). Na literatura mundial, esse gênero começou a se definir entre os séculos 17 e 18. Antes disso, boa parte das histórias e textos folclóricos eram difundidos através da oralidade, e, com a aparição da burguesia, surge a necessidade de educar as crianças e prepará-las para a nova realidade social da época.
Sempre alinhada à pedagogia, a literatura infantil e infanto-juvenil tinha como característica principal transmitir, de uma maneira didática, a moral vigente. Como representantes dessa primeira fase, estão contos tradicionais e as fábulas escritas por Perrault, os irmãos Grimm, Hans C. Andersen, Dickens, La Fontaine e Esopo.

Anos mais tarde, o gênero chegou ao Brasil através de traduções/adaptações de textos clássicos como Robinson Crusoé (1885) e As viagens de Gulliver (1888), por Carlos Jansen, e Contos da Carochinha (1886), por Figueiredo Pimentel. Além deles, também cumpriram papel importante nesse período os escritores Coelho Neto e Olavo Bilac.

Em 1919, o escritor Thales de Almeida publica o livro A filha da Floresta, considerado o primeiro livro infanto-juvenil brasileiro.
Desde Lobato, o gênero não parou mais de crescer. Embora ainda sejam vistas como gêneros menores, as literaturas infantil e infanto-juvenil ocupam uma grande parte do mercado editorial, existindo até editoras especializadas. O número de escritores voltados a esse público vem crescendo consideravelmente na medida em que a exigência dos pequenos leitores também. Grandes nomes da literatura brasileira como Erico Verissimo, Jorge Amado, Cecília Meireles e Chico Buarque de Hollanda dedicaram ao menos uma obra ao público infantil.
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