Marco de Menezes responde

Marco de Menezes, ganhador do Livro do Ano no Prêmio Açorianos de Literatura 2010, e convidado da 4ª edição do projeto + QUE PROSA, respondeu algumas perguntas sobre a sua obra e sua conquista.


Em que medida o livro O Fim das Coisas Velhas está afinado com a poesia produzida hoje em dia?
É necessário, de saída, ter claro que é muito difícil compor um cenário exato e abrangente da produção atual em poesia, uma vez que os mecanismos de publicação estão mais acessíveis e a internet tem servido de espaço para o lançamento e a divulgação de inúmeros poetas. “Fim das Coisas Velhas” é meu terceiro livro e dialoga – evidentemente – com meus livros anteriores e, talvez, com certa tradição lírica, e também é possível que com elementos próprios da poesia moderna, o fragmento, a negatividade, o duplo, a dissipação etc. Porém são conclusões parciais a que chego somente após a composição e leitura do livro, não estão presentes no momento da irrupção do texto. Se o poeta já é suspeito de sua própria sombra equivocada, a poesia existe mesmo como tentativa trágica compulsoriamente repetida. Maus poemas estão em toda parte. Entendo que bons poemas impliquem em uma honestidade com a linguagem e com o absurdo da existência. Agradam-me muitíssimo os poemas de Miguel Sanches Neto, de Paulo Neves, de Paulo Henriques Britto, por exemplo.


Para ler mais sobre o autor, acesse o Blog do Poemas no Ônibus.

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