Jane Tutikian: Quando se é escritor?
Logo após o bate-papo com a escritora portuguesa Lídia Jorge, no dia 09 de novembro, a patrona da 57ª Feira do Livro cedeu à Coordenação do Livro e Literatura uma pequena entrevista sobre a sua, enfim, tão celebrada função: escrever.
Quando se é escritor?
Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS |
E, como patrona, como é ver o reconhecimento desse momento único?
Sempre fui uma escritora que carregou consigo a pergunta "será que tenho alguma coisa a dizer para alguém?". Porque isso tem de justificar o que a gente escreve, entende? Acho que ser patrona da Feira do Livro está me dando uma resposta de trinta anos de literatura. Portanto, eu acho que sim - que tenho algo a dizer para alguém ou que, pelo menos, disse alguma coisa para essas todas essas pessoas que vêm me abraçar, comentar o que escrevo... Então, estou em uma fase muito legal da minha vida. Estou fazendo trinta anos de literatura e quase sessenta anos de idade. Achava que isso só acontecia aos outros, mas vi que acontece comigo também. Porém, quando se faz sessenta anos de idade e trinta de literatura, o futuro é menor que o passado, até porque, para eu ter uma chance de ser igual, teria de ter 120 anos. Enfim, esse é um momento de refletir sobre a minha trajetória de trinta anos, que culminou com a Feira do Livro. Acho que isso me dá mais responsabilidade, mas me dá muito mais vontade de ir para casa escrever.
Sempre fui uma escritora que carregou consigo a pergunta "será que tenho alguma coisa a dizer para alguém?". Porque isso tem de justificar o que a gente escreve, entende? Acho que ser patrona da Feira do Livro está me dando uma resposta de trinta anos de literatura. Portanto, eu acho que sim - que tenho algo a dizer para alguém ou que, pelo menos, disse alguma coisa para essas todas essas pessoas que vêm me abraçar, comentar o que escrevo... Então, estou em uma fase muito legal da minha vida. Estou fazendo trinta anos de literatura e quase sessenta anos de idade. Achava que isso só acontecia aos outros, mas vi que acontece comigo também. Porém, quando se faz sessenta anos de idade e trinta de literatura, o futuro é menor que o passado, até porque, para eu ter uma chance de ser igual, teria de ter 120 anos. Enfim, esse é um momento de refletir sobre a minha trajetória de trinta anos, que culminou com a Feira do Livro. Acho que isso me dá mais responsabilidade, mas me dá muito mais vontade de ir para casa escrever.
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