Finalistas Açorianos 2012: Conto | Altair Martins
Altair Martins | Foto: Divulgação |
Nossa sessão de entrevistas não para! Quem nos deu a palavra dessa vez foi o escritor Altair Martins, finalista do Prêmio Açorianos de Literatura na categoria Conto, com o livro Enquanto Água (Editora Record, 2011). Dá uma olhada no que falou pra CLL.
CLL - Tu acha que os leitores e editoras veem o conto como um gênero subestimado?
Altair Martins - O conto é o gênero de leitura mais difícil e, portanto, menos venal (depois da poesia, lógico). Não creio que os editores vejam o conto como um gênero subestimado, mas sim como um produto sem mercado, porque há poucos leitores. Faço a minha parte: como professor, incentivo meus alunos à leitura do conto, esse gênero antipublicitário que nos ensina a ver as dobras da realidade.
CLL - Tu vê a internet como um bom meio para divulgar o escritor, ou o livro ainda é o melhor canal? Qual é a importância da publicação?
A.M. - Acho que o Olavo saberá responder melhor a essa, já que tem livro em dois meios. Pouco sei da internet. O que posso dizer é que, nós, os escritores que nos levamos a sério, estamos numa bolha - nos lemos uns aos outros, e o papel é ainda o meio mais usado para isso.
CLL - Quais os escritores que mais te influenciaram (ontem e hoje), e quais os bons contistas que tu aponta hoje no Brasil?
A.M. -Gosto dos contos de Quiroga, Borges, Cortázar, Machado de Assis. No Brasil atual, destaco Carrascoza, Marcelino Freire, Cíntia Moscovich, Sérgio Faraco e, agora, depois de ler o Correntezas e Escombros, o Olavo Amaral. Que livro!
CLL - Qual a importância do Prêmio Açorianos pra ti e como tu acredita que ele repercute dentro da classe artística da região?
A.M. - Entre nós, é maravilhoso! Os colegas nos leem, a coordenação faz das tripas coração para nos divulgar (esse blogue é exemplo). Pelo Prêmio cheguei ao livro do Olavo e, pelo Prêmio, ainda vou ler o do Botelho (meu colega no mestrado) pra ver se aprendo aramaico. Este é o ganho: nossos livros aparecem. É uma honra ser lembrado pelo Açorianos, o prêmio que fez a minha vida literária começar e que continua contribuindo imensamente para que eu escreva.
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