Tatata: FE-NO-ME-NAL

Depoimento de Márcio Pinheiro - Coordenador do Livro e Literatura

Foi ontem a última vez que conversei com Tatata Pimentel. Liguei para a casa dele - já que dificilmente conseguia falar com ele por celular. Atendeu ao primeiro toque.
 

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Nos poucos mais de dois a
nos em que estou à frente da Coordenação do Livro, poucas pessoas ficaram tão identificadas com o nosso trabalho quanto ele. Por duas vezes, nos deu a honra de ser jurado. E, no ano passado, no Festival de Inverno, foi o responsável por um dos cursos mais animados e inteligentes que o público de Porto Alegre pôde presenciar. Nas constantes visitas que fez à CLL, sempre reafirmou sua marca de exuberância e inteligência. Os mais jovens perderam um ídolo, de quem constantemente repetiam gestos e expressões. 

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Minha intenção ao telefonar para ele era tratar de dois assuntos: lembrar do lançamento do livro do Claudinho Pereira, em que ele é um dos personagens mais presentes, e convidá-lo para ser o apresentador do Prêmio Açorianos, em dezembro. Me pareceu feliz com as duas propostas. Disse que iria no lançamento e aceitou o convite, prometendo que passaria lá na coordenação nos próximos dias. Antes, como me explicou, precisava resolver duas questões mais urgentes: cortar o cabelo e acertar os detalhes finais da viagem que faria à Europa na semana que vem. Despediu-se animado, mandou lembrança aos meus pais - como sempre fazia - e confirmou a visita. Infelizmente, não teve em tempo. Vai em paz, Tatata.


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