Ó meus amigos, não há amigos!

Coletânea de textos de reflexão sobre a amizade concorre ao Prêmio Açorianos de Literatrura 2011 na categoria Ensaio de Literatura e Humanidades.

Originada do curso de extensão Reflexão sobre a amizade, realizado na Universidade de Santa Cruz do Sul em 2008, e organizada por Suzana Albornoz e Eunice Piazza Gai, a coletânea Ó meus amigos, não há amigos: reflexão sobre a amizade reúne textos provenientes de palestras proferidas por professores e universitários, em sua maioria atuantes da UNISC, sobre o respectivo tema.

Com focos relacionados à filosofia, literatura, psicologia, educação, antropologia e sociologia, o conjunto de ensaios, inspirados  em autores de diferentes épocas e diversos domínios das humanidades, traz ao debate o ponto de vista destes vários pensadores em relação à reflexão sobre a amizade. Nomes como Aristóteles, sêneca, Montaigne, Marx, Engels, Michel Foucault, Jacques Derrida e Inês Pedrosa permeiam a obra e fazem dela uma novidade para os temas que se propõem como alvo das pesquisas atualmente realizadas.

As pessoas são amigas por três razões principais: pela utilidade que buscam, pelo prazer que esperam e pelo bem que os indivíduos desejam um ao outro. As duas primeiras formas de amizade - aquelas que buscam o útil no outro e aquelas que esperam receber do outro o aprazível - são perecíveis e circunstanciais, uma vez que, se uma das partes deixar de ser útil ou prazerosa, a outra deixa de ser amiga. São "amizades acidentais", diz Aristóteles, isto é, não estão referidas à essência de uma autêntica amizade.

Trecho do ensaio A concepção de amizade na Ética a Nicômaco, de Aristóteles, por Sérgio Schaefer.


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