Fetiche

Fetiche, de Carina Luft, é um dos três indicados na categoria Narrativa Longa do Prêmio Açorianos de Literatura 2011. O livro dá conta de uma série de assassinatos de jovens aspirantes modelos. Mas o culpado não se trata de um assassino comum: todas as vítimas A responsabilidade de resolver o mistério recai sobre o delegado Weber e o jovem inspetor Nestor.

Charles Kiefer, que assina a orelha do livro, afirma que Fetiche "no futuro, estará entre os livros importantes da literatura policial brasileira, livros que marcaram o lento desenvolvimento do gênero no nosso país".

-- Pra mim, o culpado é esse tal de JB -- diz Nelson, debruçado sobre o balcão de vidro; dentro, uma fila de seis croquetes fritos, quatro pastéis amolecidos e um doce de massa em forma de cone, com um creme amarelo, coberto com açúcar e canela.


Nelson, um homem franzino e de feições feias, é o proprietário de um bar e café chamado Ponto Dez, reduto de aposentados e desocupados.


-- Depois que ele chegou aqui, a calmaria terminou.


-- Não acho que JB seja o assassino -- replica um dos clientes. -- Com ele, veio muita gente pra cá. Depois que abriu aquele negócio, Adenauer virou um rebuliço.


-- É, tem sentido o que tu tá dizendo. Mas nada me tira da cabeça que o sujeitinho tá envolvido. Pode até não ser o assassino, mas com ele veio muita desgraça e, pra mim, ele tá metido no rolo -- responde, servindo uma dose de canha aos dois.

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