A Arma da Legalidade
No dia 26 de julho, o professor e escritor Juremir Machado Da Silva estará na Sala Álvaro Moreyra ministrando o curso 50 Anos da Legalidade.
Para introduzir sua participação no Festival de Inverno, Juremir lembra o papel decisivo do rádio e de alguns protagonistas da Campanha, como conta em seu mais recente livro Vozes da Legalidade - Política e Imaginário na Era do Rádio.
Para introduzir sua participação no Festival de Inverno, Juremir lembra o papel decisivo do rádio e de alguns protagonistas da Campanha, como conta em seu mais recente livro Vozes da Legalidade - Política e Imaginário na Era do Rádio.
CLL - Qual será o enfoque da tua palestra?
Juremir - Falarei sobre a história da Legalidade, o papel do Brizola, o comportamento da sociedade. Mas, acima de tudo, falarei da Legalidade como um episódio do qual Brizola e Jânio Quadros foram os dois grandes heróis.
CLL - O rádio foi decisivo para o movimento?
Juremir - Total! Este foi, certamente, o último grande levante do rádio. Depois disso, inclusive durante o golpe de 64, foi a Era da TV. Sem o rádio, a Campanha da Legalidade não teria existido.
CLL - Quem foram as principais vozes de Legalidade e como alcançaram tão longe?
Juremir - No meu livro cito, entre outros, Jango, o general Machado Lopes, ministros militares, Carlos Lacerda, e os locutores e radialistas que foram voluntários da rede da Legalidade. É difícil justificar, a história é feita de acontecimentos improváveis. Foram 104 rádios engajadas devido à ousadia de Brizola e o apoio da população a uma causa legítima, prevista na Constituição.
CLL - Como a voz das massas chegou até o rádio?
Juremir - Porque o governador do Estado, a autoridade máxima do Rio Grande do Sul, requisitou a Rádio Guaíba e montou um estúdio no Palácio Piratini que era visto como um símbolo da resistência, um abrigo.
CLL - E por que a Rádio Guaíba?
Juremir - As rádios transmitiram um manifesto lido pelo Marechal Teixeira Lopes denunciando o golpe e foram tiradas do ar antes mesmo de finalizarem. A Rádio Guaíba foi a única que não leu e, por isso, seguiu com sua programação e foi convocada por Brizola. Nos outros estados, todos os inconformados se juntaram, algumas rádio vinculadas ao governo, outras pela iniciativa privada.
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