Adeus a Hemingway

Mais do que escrever, Ernest Hemingway soube viver o que viu e sentiu. Raros são os casos de uma identificação tão grande entre autor e obra - e isso não é pouco para alguém que escreveu clássicos como Adeus às Armas, O Sol também se Levanta e Por quem os Sinos Dobram. Cada linha escrita vinha impregnada de tensão e aventura. A obra foi gigantesca - a vida maior ainda.

Neste sábado faz 50 anos que Hemingway viveu sua última e mais dolorosa aventura. Enfrentando problemas de hipertensão, diabetes, arteriosclerose, depressão e perda de memória, ele escolheu uma de suas espingardas preferidas - uma velha Boss de cano duplo - sentou-se numa cadeira, apoiou a arma no chão de madeira, pôs os dois canos na boca e, com os dedos do pé, apertou o gatilho.

Na manhã de um domingo, dia 2 de julho de 1961, ele havia desistido de sua última batalha.

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