Poema do fim do mundo



Quero brincar e não posso,

Sinto frio e me encolho,
Debaixo do cobertor,
Tudo dói, até a orelha,
Chamo minha mãe toda hora,
Aproveito e peço chocolate quente,
Mas não engulo,
Refrigerante raspa a garganta,
Salgadinho, pior ainda,
Ligar a televisão, está chato
E computador, nem pensar,
Até ir para a escola gostaria,
Ela diz que não.
Ai, ai, o que acontece?
Será que vou morrer
Ou será o fim do mundo?




Maria Rosa Fontebasso
Professora aposentada, faço oficinas literárias pois no grupo há uma dimensão de trocas que contribue para a tarefa solitária do ato de escrever.

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