Brizola, o protagonista da Legalidade

Leonel de Moura Brizola morreu às 21h20min do dia 21 de junho de 2004, em decorrência de um infarto agudo no miocárdio. Os seus 82 anos de vida foram marcados por importantes acontecimentos no cenário político brasileiro, entre eles a Campanha da Legalidade, movimento de resistência que Brizola tomou a frente, em 25 de agosto de 1961.

Os protestos iniciaram quando, com a renúncia de Jânio Quadros à Presidência da República, os militares impediram que o vice João Goulart assumisse, como mandava a lei, temerosos com um governo de linha popular-esquerdista. Leonel Brizola, na época governador do Rio Grande do Sul, passou então a pregar a posse de Jango pelo rádio, ao que chamou de Rede da Legalidade.

Este ano o episódio está completando 50 anos, o que tem motivado estudiosos, historiadores, políticos e demais interessados a pesquisar e relembrar alguns acontecimentos que até hoje exercem influência na política brasileira. Em vista disso, a Campanha da Legalidade também é tema do 6º Festival de Inverno, que contará com a presença dos seguintes convidados:


Duda Hamilton – Jornalista profissional desde 1985, atuou em jornais e revistas de todo o Brasil e hoje trabalha como assessora de imprensa e consultora de comunicação, desenvolvendo conteúdos e dedicando-se a pesquisas. Em 2001 lançou, juntamente com Paulo Markun, 1961 – Que as armas não falem, livro que narra os 14 dias de intensas discussões a cerca da posse de Jango.


Juremir Machado -
Professor
, jornalista, escritor e tradutor, é formado em Jornalismo e História pela PUCRS, doutor em Sociologia da Cultura pela Université Paris V René Descartes. Publicou 25 livros, entre eles o que chama de “série de descobertas histórias”, na qual se incluem 1930, Águas da Revolução, Getúlio, e o último, lançado este mês, Vozes da Legalidade - Política e Imaginário na Era do Rádio. O romance de Juremir que também trata da Campanha da Legalidade, preocupa-se em dar voz aos principais personagens do episódio.


Paulo Markun - Jornalista graduado pela USP, trabalhou nos principais jornais e emissoras de televisão do país. Foi diretor e roteirista de documentários sobre a história do Brasil, e autor de uma série de livros, entre eles 1961 – Que as armas não falem, escrito com Duda Hamilton. Markun ministrou uma aula aberta sobre a Legalidade na Praça da Matriz, em março, durante o 24 Horas de Cultura.



Gunter Axt
- Historiador e gestor cultural, é doutor em História Social pela
USP. Atua como curador especialmente em congressos de história, área em que também é pesquisador. Sua especialização é História do Brasil Império e República, História do Direito e da Justiça, História Cultural do Brasil e gestão cultural, temas sobre os quais tem diversos títulos publicados.


Ricardo Kadão Chaves – Fotógrafo há 40 anos, é um dos mais respeitados profissionais de fotojornalismo do país. Cobriu importantes acontecimento históricos como editor da revista Veja e IstoÉ e do jornal Estadão. Atualmente é editor de fotografia do jornal Zero Hora. Kadão comentará as imagens que melhor ilustram aquele agosto de 1961.

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