Quintanares Favoritos da CLL
A equipe da CLL escolheu dentre a obra de Quintana os seus poemas favoritos.
Confira:
Caderno H
(Globo; 2006; 416ps; R$38,00)
O Pior
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada a ver com isso.
Amar
Amar é mudar a alma de casa.
O Supremo Castigo
Em todos os aeródromos,
em todos os estágios,
no ponto principal de todas as metrópoles, existe
- e quem é que não viu? -
aquele cartaz...
De modo que,
se esta civilização desaparecer
e seus dispersos e bárbaros sobreviventes
tiverem de recomeçar tudo desde o princípio
- até que um dia também tenham os seus próprios arqueólogos
- estes hão de sempre encontrar,
nos mais diversos pontos do mundo inteiro,
aquela mesma palavra.
E pensarão eles que coca-cola era o nome do nosso Deus.
Espelho Mágico
(Globo; 2005; 80ps; R$24,00)
Da riqueza
O dinheiro não traz venturas, certamente.
Mas dá algum conforto... E em verdade te digo:
Sempre é melhor chorar junto à lareira quente
Do que na rua, ao desabrigo.
Das utopias
Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não quere-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
a magica presença das estrelas!
(Globo; 2005; 216ps; R$32,00)
Retrato sobre a cômoda
Ah! Esses quadros de antanho
quase tão horríveis como a palavra antanho...
não de um horrível ridículo, mas de um ridículo triste,
porque se pode ver entre o vidro e o retrato
uma folha outrora verde, uns cabelos que já foram vivos
e agora para sempre imóveis na moldura negra
e, na fotografia, alguém está sorrindo eternamente
quando um sorriso, para ser sorriso, devia ser efêmero...
Lá fora é uma tarde fin de siècle, uma tarde outoniça que parece
tirada da gaveta desta cômoda.
... e, nas cartas antigas, também o amor amarelece.
Confira:
Caderno H
(Globo; 2006; 416ps; R$38,00)
O Pior
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada a ver com isso.
Amar
Amar é mudar a alma de casa.
O Supremo Castigo
Em todos os aeródromos,
em todos os estágios,
no ponto principal de todas as metrópoles, existe
- e quem é que não viu? -
aquele cartaz...
De modo que,
se esta civilização desaparecer
e seus dispersos e bárbaros sobreviventes
tiverem de recomeçar tudo desde o princípio
- até que um dia também tenham os seus próprios arqueólogos
- estes hão de sempre encontrar,
nos mais diversos pontos do mundo inteiro,
aquela mesma palavra.
E pensarão eles que coca-cola era o nome do nosso Deus.
“A preguiça é a mãe do progresso;
se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda".
se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda".
Espelho Mágico
(Globo; 2005; 80ps; R$24,00)
Da riqueza
O dinheiro não traz venturas, certamente.
Mas dá algum conforto... E em verdade te digo:
Sempre é melhor chorar junto à lareira quente
Do que na rua, ao desabrigo.
Das utopias
Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não quere-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
a magica presença das estrelas!
(Globo; 2005; 216ps; R$32,00)
Ah! Esses quadros de antanho
quase tão horríveis como a palavra antanho...
não de um horrível ridículo, mas de um ridículo triste,
porque se pode ver entre o vidro e o retrato
uma folha outrora verde, uns cabelos que já foram vivos
e agora para sempre imóveis na moldura negra
e, na fotografia, alguém está sorrindo eternamente
quando um sorriso, para ser sorriso, devia ser efêmero...
Lá fora é uma tarde fin de siècle, uma tarde outoniça que parece
tirada da gaveta desta cômoda.
... e, nas cartas antigas, também o amor amarelece.
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