Trova na biblioteca

Segunda-feira, dia 18, é dia de Trova na biblioteca. Não é a trova dos gaúchos: aquela improvisada em cima de uma gaita que repete melodias gaudérias; também não é a nordestina, a do repente; não é a cubana, nem a francesa, muito menos a da paquera, a de trovar, aquela. A trova aqui é outra coisa: é poema.

Não é esse tipo de trova não. 

E quem vai nos conduzir pelos versos de redondilha maior e de apenas uma estrofe é o poeta Sidnei Schneider. Para definir o que significa esse gênero, ele recorre ao poetaço Fernando Pessoa, que diz que “a trova é o vaso de flores que o povo põe à janela da sua alma”. Composta por quatro versos heptassílabos (de sete sílabas poéticas), rimando ao menos o segundo com o quarto, a trova também é chamada de "quadra" ou "quadrinha", mas essas duas nem sempre traduzem o mesmo significado. Para dar um pequeno gosto do gosto que a trova tem, o Sidnei separou pra gente uma pequena amostra do que vai rolar na próxima segunda:

Meu caro poeta: o Universo
espera atendas meu rogo:
- Ou pões mais fogo no verso,
ou pões o verso no fogo.

                  Eno Teodoro Wanke

Sei que pareço um ladrão...
Mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer que o são,
são aquilo que eu pareço.

                           António Aleixo
      (poeta vendedor de loterias)


Trova na Biblioteca 
                    com Sidnei Schneider
Segunda 18/07, às 19h
   Av. Érico Verissimo, 307
   (com direito a certificado)




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