Qual é a livraria mais antiga do mundo?

Resposta: Bertrand do Chiado. Portuguesa, aportada na capital Lisboa, a livraria foi fundada em 1732 por Pedro Faure. São 280 anos de vida, abrindo as portas para leitores de quase três séculos diferentes. Hoje, Bertrand possui 53 lojas em todo o país. Ser uma editora de bom padrão também faz parte das atividades da livraria.


Além de ser uma loja dedicada a divulgar o livro, a empresa é também um ponto de encontro, desde sua criação. A literatura de Portugal, parte importante dela, já folheou suas ofertas de livros e farejou boas obras em suas estantes. Entre os literatos que a conheceram intimamente estão nomes como Eça de Queiros, Alexandre Herculano e Ramalho Ortigão. Assíduos freqüentadores que viam ali o refúgio para debater ideias sobre política e literatura. 

O estabelecimento cultural e histórico, originalmente, situava-se perto do local onde Fernando Pessoa nasceu e do Café A Brasileira, que muito freqüentou. No ano de 1755, a livraria sofreu com o fatídico acontecimento que marcou aquele ano. Um terremoto que desencadeou um maremoto, caos que culminou em um incêndio, destruiu o local. Mesmo assim, com o esforço exorbitante da natureza, dezoito anos depois ela foi instalada em outro lugar, o mesmo que uma de suas franquias ainda permanece. 

São 238 anos de funcionamento continuado, enfrentando além de chaves de braço do tempo, as más condições do mercado financeiro, e mesmo assim seguindo em frente. Em 2010, a Bertrand recebeu o seu atestado de livraria mais antiga do mundo pelo Guiness Book.

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Já no Brasil, devido um tanto a Lisboa também, a livraria mais antiga do País é a Ao Livro Verde. A loja começou a respirar no ano de 1844 e mantém suas portas abertas até hoje, na cidade fluminese de Campos dos Goytacazes. 

O empreendimento foi inaugurado pelo português José Vaz Correia Coimbra na época em que a cidade girava em torno de um porto com enorme importância regional. Muitas famílias portuguesas rumaram para o local, e conseqüentemente, muitos livros de lá foram importados. A família do atual propietário, Ronaldo Sobral, é dona do estabelecimento há 80 anos.

Faz 168 anos que a livraria permanece no mesmo local. Embora a rua tenha mudado de nome, antes era Quitanda agora é Teotônio Ferreira de Araújo, a livraria permanece. Viu o porto sumir, os imigrantes cessarem, a história desfilar, e contrária as péssimas especulações negativas dos índices sobre o mercado livreiro, não arredou o pé de sua função. Melhor ainda, entrou no futuro. Agora também é digital. Conheça esse novo passo dado pela velha livraria clicando aqui.

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