Da trova para os trovadores


Há exatos 95 anos, uma das mais ousadas mentes poéticas surgia para dar a voz ao trovador brasileiro:  Gilson de Castro. Com o pseudônimo de Luiz Otávio, o poeta e cirurgião-dentista carioca percebeu-se familiarizado com um estilo de composição de poesias exclusivo e peculiar na sua época: a trova.

Esse gênero de poema, com estrofe única e composta por quatro versos de sete sílabas, foi, durante muitos anos, seu objeto de interesse e adoração, motivo esse pelo qual fundou, juntamente com J. G. de Araújo Jorge, os Jogos Florais, primeiro concurso de trovas com abrangência nacional, e a União Brasileira de Trovadores. Com o objetivo de congregar os poetas dedicados ao cultivo da trova, a UBT foi uma das ferramentas indispensáveis para a difusão e apreciação da trova por todo o país - gênero que foi encontrar no povo o seu fruto de inspiração.

Como já disse Jorge Amado, “não pode haver criação literária mais popular e que mais fale diretamente ao coração do povo do que a trova. É através dela que o povo toma contato com a poesia e por isto mesmo a trova e o trovador são imortais”.

Tão alto foi seu alcance que o dia de hoje, 18 de julho, dia do nascimento de Luiz Otávio, tornou-se, com importância e exclusividade, o Dia Nacional do Trovador

Parabéns aos poetas trovadores. 
Duas vidas todos temos,
— muitas vezes, sem saber...
— A vida que nós vivemos
e a que sonhamos viver...

                       Luiz Otávio

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