O dia da "Mulher de Fases"

Hoje, uma escritora muito querida de todos nós está de aniversário!

Com pai jornalista e mãe amante da literatura, Claudia Tajes sempre teve muitos livros em casa, mesmo aqueles que eram “proibidos” por sua pouca idade - ela devorava com rapidez. Os preferidos da família, eram os autores de língua espanhola, como Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa. No entanto, sua primeira experiência com a leitura foi uma fotonovela da revista Amiga. A autora acredita que tal descoberta a tenha influenciado a escrever sobre relacionamentos.

Autora de sete livros, alguns adaptados para o teatro, cinema e TV, Claudia não teve muito incentivo na sua primeira publicação. Dona Zoelma, cavala cagada até os olhos, foi inspirado em sua madrinha, por quem a escritora não tinha muito apreço. Após os tapas que ganhou da mãe por conta da história, foi em busca de novos leitores; e o próximo seria Quintana!

Colega de trabalho de seu pai, o poeta recebeu uma história da menina e retribui com um poema (furtado por sua professora do primário, por quem Claudia procura até hoje, querendo reaver o mimo que ganhou do poeta).


Maria Claudia
O teu bilhete me deixou muito alegrete
Aqui vai todo o carinho
Daquele moço velhinho
Que está escrevendo esta
Com a alma toda em festa



Mesmo com seu gosto pela leitura e pela escrita, prestou vestibular de geologia, agronomia e oceanologia. Era claro que não daria muito certo! Entrou, então, para a faculdade de Jornalismo e começou a trabalhar numa agência de propaganda. Claudia foi redatora publicitária e passou por diversas agências criando textos para diferentes campanhas.

Nessa época, apesar de ser uma das publicitárias mais criativas e requisitadas da cidade, considerava-se “quase feliz”.
Com a mudança do estilo de propaganda da época (mais imagens e menos texto), sentia falta de escrever. Foi quando começou a escrever para si.

Entre tantas histórias não terminadas e outras jogadas no lixo, surgiu o Dez (Quase) Amores (L&PM, 2000). Depois vieram As Pernas de Úrsula (AGIR, 2001), Dores, Amores e Assemelhados (L&PM, 2002), Vida Dura (L&PM, 2003), A Vida Sexual da Mulher Feia (AGIR, 2005), Louca por Homem (AGIR, 2007) e Só as mulheres e as baratas sobreviverão (L&PM, 2010). Além de todos os roteiros, algumas adaptações e peças teatrais.

Claudia Tajes completa 48 anos com um jeitinho de menina tímida. Muito querida por todos, Claudinha encanta seus leitores que se identificam com suas tragédias-cômicas.

“Eu sou uma pessoa que escreve, sempre esperando que alguém leia”
Claudia Tajes


Claudia Tajes na CLL: + que prosa, CLL entrevista, Cada linha é uma linha

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