Ilha Deserta

Mais um visitante da Ilha Deserta foi pego de surpresa e não conseguiu escapar da famosa pergunta “Qual livro levarias para uma ilha deserta?”. O interrogado de hoje é Alcy Cheuiche, veterinário e escritor com mais de 10 romances publicados. Patrono da Feira do Livro de Porto Alegre em 2006, Cheuiche é sócio-fundador da Associação Gaúcha de Escritores e também ministra oficinas literárias. Dentre suas obras destacam-se Nos céus de Paris – O Romance da vida de Santos Dumont (L&PM, 312 páginas, R$18,00), A Guerra dos Farrapos (Martins Livreiro, 176 páginas, R$32,00 ) e Sepé Tiarajú – Romance dos Sete Povos das Missões (AGE, 184 páginas, Esgotado no Fornecedor).

Qual livro você levaria para uma ilha deserta?
Alcy Cheiuche - Eu levaria O Velho e o Mar, de E. Hemingway. O Velho e o Mar é um livro símbolo de como se escreve bem, pois em pouco mais de 50 anos já se adaptou ao leitor moderno. Reproduzindo o pensamento shakespeariano, o livro define o ser humano: todos nós nos encontramos no velho Santiago. O livro é também uma amostra de que grandes livros são escritos por pessoas que conhecem a fundo o tema sobre o qual estão escrevendo. Hemingway conta que vira um barco ser arrastado por um peixe, e escreve o livro em Cuba, muitos anos depois, quando já se tornara um grande pescador.

O livro:

Publicado em 1952, O Velho e o Mar (Bertrand Brasil, 128 páginas, R$31,00) é o último título lançado em vida de Ernest Hemingway. Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1954, o livro narra a história do pescador Santiago que, após passar 84 dias sem pescar um peixe resolve –incitado por outros pescadores–, partir com seu barco para o alto-mar. A obra ganhou duas adaptações para o cinema, sendo uma delas em formato de animação.

Trecho:

“Então o peixe voltou à vida já com a morte nele e ergueu-se no ar mostrando o seu enorme comprimento, a sua enorme largura, todo o seu poder e toda a sua beleza. Parecia flutuar no ar, por cima do velho. Em seguida caiu n’água com um estrondo que lançou uma torrente de água sobre o barco e o pescador”.

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