Ifigênia + Agamenon

Ifigênia + Agamenon, terceira tragédia grega encenada por Luciano Alabarse, estreia no dia 5 de maio, às 21h, no Theatro São Pedro, numa curta temporada de quatro dias. Os ingressos estarão à venda a partir do dia 18. A seguir, a entrevista com o diretor:

CLL- A tragédia da Atenas do século 5 a.C. continua contemporânea?
Luciano Alabarse - Sim. A invasão e destruição de uma cidade por outra é uma situação absolutamente contemporânea. Não é preciso travestir cenário e figurino para que a relação passado/presente e sua vigência surjam com vigor e clareza.

CLL- Quais as significações da guerra na peça?
Alabarse - Ifigênia em Áulis narra todos os bastidores dos preparativos da Guerra de Tróia, com mil navios gregos esperando ventos favoráveis para iniciar a operação. A guerra em Ifigênia não é uma metáfora, é o próprio cerne da ação dramática. E são desenvolvidos conflitos interessantes através do general Agamenon, dividido entre o papel de chefe do Estado grego e seu amor paterno. A guerra, seus dilemas e consequências são o eixo central da encenação.

CLL- Porque Eurípides deve ainda ser representado?
Alabarse - Eurípides foi o maior revolucionário do gênero trágico. Suas invenções assinalam rupturas, avanços e conquistas ainda hoje válidas para o teatro ocidental. Como todo inovador,ele sofreu críticas e elogios. É um dos pilares do teatro, e só isso é razão suficiente para voltar a ele sempre que possível.

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