Nobel de Literatura é de Vargas Llosa

Depois de vinte anos, a América Latina recebe Nobel de Literatura. O peruano nascido há 74 anos, é o primeiro escritor após o mexicano Octavio Paz a entrar na Academia Sueca. Considerado dos maiores entre os de língua espanhola, Vargas Llosa recebeu o prêmio por sua cartografia de estruturas de poder e criações de imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual.


Autor de mais de 30 romances, peças teatrais e ensaios, é dono de obra marcante nos vários períodos por que passou o continente latino a partir dos anos sessenta, quando estreou com A cidade e os cachorros (62). Assim, como na estreia a experiência adolescente foi o seu tema, à medida em que vida foi passando e mais experiências foi vivendo, seus textos foram reproduzindo-as. Então candidato ao governo peruano em 1990, O peixe na água, de 93, é o relato dessa vivência.


O filho de Arequipa ainda deixou gravado na literatura livros como A casa verde (66), Conversa na catedral (69), Tia Julia e o Escrivinhador (77), A guerra do fim do mundo (81), Lituma nos Andes (93) e Travessuras da menina má (96) entre tantos que marcam o romance latino-americano. E inúmeros ensaios e peças de teatro.


Ao longo de sua carreira recebeu inúmeros prêmios e condecorações como o Rômulo Gallegos de 1967, o Nacional de Novela do Peru em 67, o Príncipe das Astúrias de Letras, da Espanha em 86 e o Prêmio da paz de Autores da Alemanha, na Feira de Frankfurt em 97. As condecorações chegaram através do Prêmio Planeta e pelo governo francês em 85.


Hoje, o peruano leciona na Universidade de Princeton, em Nova York e estará em Porto Alegre no próximo dia 14 para participar do Fronteiras do Pensamento. Llosa já esteve aqui antes, em uma das edições da Feira do Livro.

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